Business E-mail Compromise (BEC): o que é e como se proteger

Entre os golpes que mais causam prejuízos financeiros às empresas no mundo, o BEC (Business Email Compromise ou comprometimento de e-mail corporativo) se destaca pela sua sofisticação e pelo foco direto no elo mais vulnerável da segurança: as pessoas.

Nesse tipo de ataque, o criminoso se passa por alguém confiável, como um executivo, parceiro ou fornecedor, e induz um colaborador da empresa a realizar transferências bancárias, alterar dados de pagamento ou fornecer informações sigilosas. Tudo isso por meio de um simples e-mail.

Neste artigo, explicamos como o BEC funciona, como identificar tentativas de golpe e o que sua empresa pode fazer para se proteger.

Principais tópicos deste artigo

O que é Business E-mail Compromise (BEC)?

Também conhecido como fraude do CEO, o Business E-mail Compromise (BEC) é um tipo de fraude por e-mail que tem como objetivo enganar colaboradores e provocar perdas financeiras ou vazamento de dados.

O ataque acontece sem a necessidade de arquivos maliciosos, links suspeitos ou programas espiões. Em vez disso, os golpistas usam técnicas de engenharia social para manipular pessoas e simular situações legítimas.

O atacante pode enviar um e-mail com aparência confiável, utilizando um domínio visualmente semelhante ao da empresa ou até acessando uma conta real que foi previamente invadida.

O conteúdo do e-mail costuma ter tom urgente e direcionado, pedindo uma ação rápida — o que aumenta as chances de sucesso do golpe. Ele é tão efetivo que causou mais de U$55 bilhões em prejuízos entre 2013 e 2023, segundo dados do FBI.

Como o BEC funciona na prática

O primeiro passo de um ataque BEC é a coleta de informações. O criminoso pesquisa a estrutura da empresa, identifica nomes de executivos e funcionários do setor financeiro e analisa padrões de comunicação. Essas informações muitas vezes estão disponíveis em sites corporativos, redes sociais ou documentos públicos.

Em seguida, o golpista cria um e-mail convincente, com linguagem profissional e detalhes que passam confiança. Ele pode, por exemplo, solicitar uma transferência urgente, alegando uma oportunidade de negócio ou um problema inesperado. Também é comum o envio de e-mails fingindo ser um fornecedor, pedindo alteração dos dados bancários para pagamento de uma fatura já prevista.

Por não conter anexos suspeitos ou links estranhos, o e-mail pode passar pelos filtros tradicionais de segurança, sendo entregue diretamente na caixa de entrada do colaborador.

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Exemplos comuns de ataques BEC

Existem diferentes formas de aplicação do golpe, mas algumas situações se repetem com frequência. Um dos cenários mais comuns envolve um e-mail que parece vir do CEO da empresa, solicitando uma transferência bancária urgente e confidencial. Outro exemplo recorrente é o contato de um “fornecedor” avisando sobre a mudança de conta bancária para um pagamento pendente.

Também há casos em que o criminoso tenta obter informações estratégicas, como folha de pagamento, contratos ou dados pessoais de clientes e funcionários, se passando por um gestor da área.

Quando o atacante consegue invadir uma conta legítima (por exemplo, de um diretor ou gerente), a situação se torna ainda mais perigosa, já que os e-mails partem de um remetente real e conhecido.

Como identificar um ataque BEC

Apesar de bem construídos, os ataques BEC costumam apresentar alguns sinais de alerta. Um deles é o uso de tom de urgência ou de sigilo absoluto, pressionando o colaborador a agir sem questionar. Também é importante desconfiar de pedidos relacionados a mudanças de dados bancários, especialmente quando feitos por e-mail.

Outro ponto de atenção é o domínio do remetente. Pequenas alterações, como a troca de uma letra por um caractere parecido, podem passar despercebidas em uma leitura rápida. Além disso, quando o e-mail vem de uma conta real, mas o conteúdo é incomum para aquele remetente, vale confirmar por outro canal.

Falta de confirmação por telefone, mudança de rotina ou instruções fora do padrão são indícios que não devem ser ignorados.

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Por que o BEC é tão perigoso

Ao contrário de outros tipos de ataques, o BEC não depende de malware ou cliques em links maliciosos. Por isso, costuma escapar de soluções de segurança tradicionais. Como os e-mails são escritos de forma direta e personalizada, é difícil distingui-los de mensagens legítimas, especialmente em empresas com volume alto de comunicações diárias.

Além disso, o golpe é focado em causar prejuízo direto — seja por meio de transferências bancárias, seja pelo roubo de informações estratégicas. Em muitos casos, os valores transferidos não são recuperados, e o impacto reputacional pode ser tão prejudicial quanto o financeiro.

Outro ponto crítico é o risco de exposição de dados sensíveis, o que pode acarretar sanções legais por conta da LGPD e de marcos regulatórios específicos por setor.

Como proteger sua empresa contra o BEC

A melhor forma de se proteger contra o BEC é combinar tecnologia, processos e conscientização. A primeira recomendação é nunca realizar alterações em dados financeiros com base apenas em um e-mail. Toda mudança deve ser validada por outro canal de comunicação confiável, como uma ligação telefônica.

Também é fundamental treinar as equipes para reconhecer tentativas de engenharia social, adotando uma cultura de desconfiança saudável. Políticas internas podem exigir dupla checagem para qualquer solicitação sensível ou fora do padrão.

Além disso, o uso de autenticação multifator nos acessos ao e-mail dificulta invasões diretas a contas corporativas. Ferramentas de segurança de e-mail com análise comportamental e verificação de remetentes ajudam a identificar tentativas de spoofing ou envio de mensagens a partir de domínios semelhantes.

Por fim, uma estratégia consistente de conscientização é essencial. Os ataques BEC exploram justamente a confiança e a rotina dos usuários. Portanto, manter todos atentos aos riscos é tão importante quanto investir em tecnologia.

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O comprometimento de e-mail corporativo pode causar prejuízos financeiros, danos à reputação da empresa e exposição de dados sensíveis. A HSC Labs ajuda sua organização a reduzir esses riscos com soluções especializadas em segurança de e-mail (MailInspector) e conscientização de usuários (MindAware), dois pilares fundamentais no combate ao BEC.

Nossos filtros avançados detectam tentativas de fraude antes que elas cheguem à caixa de entrada, enquanto nossos programas de capacitação preparam sua equipe para reconhecer e reagir a golpes sofisticados.

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